quarta-feira, 30 de maio de 2018

Red Star comemora o título da 3ª Divisão e o acesso



No dia 24 de abril, cerca de três mil torcedores foram acompanhar o empate em zero a zero do Red Star FC frente ao Lyon Duchère, jogo que deu o título do Campeonato Nacional, a terceira francesa. A equipe parisiense também confirmou seu retorno á Ligue 2 apenas um ano depois de cair.

Fundado por Jules Rimet, a equipe conta com uma história de 121 anos baseada em valores humanistas (antifascista, antirracista, anti-homofóbico) que resistiram mesmo na terceira divisão do Campeonato Francês. O nome não tem origem política, mas com o passar do tempo, o clube, que sempre esteve alinhado com ideais fincados nos fundamentos socialistas, acabaram adotando o símbolo da estrela vermelha. 

Os torcedores não costumam xingar o árbitro, nem os torcedores adversários.

A curiosidade é que a última participação do Red Star na elite francesa foi no ano de 1975, tendo poucas oportunidades de enfrentar o outro time de Paris e milionário PSG.









segunda-feira, 28 de maio de 2018

Rayo Vallecano está de volta à primeira divisão



Depois de dois anos na segunda divisão do futebol espanhol, os Vallecas podem comemorar a volta do time de Madri para a primeira divisão.

Com o Estádio de Vallecas, completamente cheio, os 13.840 torcedores acompanharam o Rayo Vallecano vencer a partida diante o Deportivo Lugo por 1 a 0. A equipe ainda pode conquistar o título da competição se vencer na última rodada o Gimnàstic de Tarragona, que está na décima quinta colocação. 


Alex Moreno fez o gol que valeu o acesso para o Rayo Vallecano.


O Rayo Vallecano junta-se ao Huesca que também já tinha confirmada a presença no escalão maior do futebol espanhol para a próxima temporada. Estes dois clubes vão decidir entre si o título de campeão da segunda liga espanhola na última rodada. 

Vão disputar o 'playoff' para decidir quem será a terceira equipa que ascenderá à primeira liga espanhola: Sporting Gijón, Real Zaragoza (já garantidos), Cádiz, Valladolid (na zona do playoff), Osasuna, Numancia e Oviedo (correndo por fora).


Confira a celebração de torcida e jogadores do Rayo Vallecano ao final da partida:









Fonte: desporto.sapo.pt e marca.com

quarta-feira, 23 de maio de 2018

História das Copas #5 – Seleções que decepcionaram



5 – França 2010




Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, após ter ficado no 2° lugar de seu grupo, perdendo a vaga direta para a Sérvia, a França apenas conseguiu o seu lugar na repescagem, diante da Irlanda, com um gol polêmico, em que o atacante Thierry Henry conduziu a bola com a mão antes de fazer o passe para o seu companheiro de equipe, Gallas, que completou a jogada marcando o gol da classificação. 

Na Copa do Mundo, porém, marcou apenas um ponto nos três jogos que disputou e foi eliminada na fase de grupos. Durante o fracasso na Copa, muitos problemas internos chegaram ao conhecimento público, como as brigas entre o atacante Nicolas Anelka (que viria a ser cortado ainda na disputa do certame) e o treinador Raymond Domenech, e entre os meias Gourcuff e Matuidi, fatos que, provavelmente, afetaram o desempenho do time em campo.


4 – Espanha 2014




De candidata forte ao título, a campeã mundial de 2010 virou sinônimo de fracasso no Brasil ao ser eliminada já na segunda rodada, derrota para o Chile por 2 a 0. 

Casillas, herói na África do Sul, virou vilão ao falhar em três dos sete gols sofridos pelo time espanhol; Xavi, motor máximo da equipe, foi parar no banco no segundo jogo; Sergio Ramos, aparentemente no melhor momento da carreira, foi engolido pelo ataque da Holanda (5 a 1); David Villa, maior goleador da história da seleção, só foi jogar na terceira partida contra a Austrália (3 a 0), quando a Fúria já estava fora.


3 – Argentina 2002




O time treinado por Marcelo “Loco” Bielsa, um dos grandes candidatos ao título, com Samuel, Zanetti, Simeone, Sorín, Verón, Ortega e Batistuta compunham a espinha dorsal do time, que no banco contava ainda com gente do quilate de Aimar e Crespo,  naufragou de maneira calamitosa ainda na fase de grupos do Mundial. 

Venceu a Nigéria (1 a 0). Perdeu da Inglaterra (1 a 0). E caíram frente a Suécia no empate em 1 a 1. A Suécia, que, explorando os contra-ataques, jogou melhor no segundo do que no primeiro tempo, acabou como campeã do grupo F.


2 – Brasil 2014



O vexame no Mineirão entrou para a história das Copas do Mundo, do Brasil e do futebol. A goleada por 7 a 1 aplicada pela Alemanha, pela semifinal do Mundial, foi a maior derrota dos mais de 100 anos da seleção brasileira. Deixou lágrimas nos torcedores e uma mancha no que é considerado o símbolo de talento do esporte no planeta.

"Gol da Alemanha" virou bordão, motivo de piada. Cada vez que as redes do Mineirão balançaram, no dia 8 de julho de 2014, o coração de 200 milhões de brasileiros estremeceu. Quatro ano depois, as feridas do 7 a 1 estão longe de ser curadas.



1 – Brasil 50



Nunca uma seleção brasileira entrou tão favorita para ganhar um Mundial como a de 1950. O técnico Flávio Costa tinha em suas mãos grandes jogadores. Quando goleava por 6 a 1 a Espanha no Maracanã, dando show de bola, e a torcida cantava esfuziante "Touradas em Madri", não havia um brasileiro que não considerasse aquele time imbatível. Mas os problemas na preparação - o oba-oba ficou fora de controle até durante a concentração - atrapalharam a equipe, que na primeira fase goleou o México por 4 a 0, depois empatou por 2 a 2 com a Suíça e venceu a Iugolávia por 2 a 0. Depois, foram duas goleadas históricas, antes da tragédia para o Uruguai: 7 a 1 sobre a Suécia e 6 a 1 sobre os espanhóis.

No último jogo, contra o Brasil, o Uruguai só tinha uma opção: vencer. A seleção brasileira jogava com a vantagem do empate e um país inteiro à espera da conquista do tão sonhado título. Não havia um que não acreditasse. Mais de 200 mil pessoas se espremeram no Maracanã para comemorar mais do que propriamente torcer. O time ainda abriu o placar, com Friaça, a um minuto do segundo tempo, só aumentando a euforia. Mas, sob o comando de Obdulio Varella, a Celeste se agigantou. Tudo começou a mudar com o empate de Schiaffino, aos 21. E depois o gol da vitória de Ghiggia, aos 34, deu início ao Maracanazo, num dos maiores silêncios ensurdecedores da história do futebol. E o Brasil chora até hoje essa derrota.





segunda-feira, 21 de maio de 2018

Livorno de volta à Série B


Após dois anos na Série C do campeonato italiano, o Livorno está de volta à Série B. 


A equipe Amaranto conquistou nos 36 jogos disputados, 20 vitórias, 8 empates e 8 derrotas, totalizando 68 pontos, um a mais do que o Robur Siena. A conquistou da vaga na Segunda Divisão veio após empate em 1 a 1 contra o Carrarese. Agora a esperança é retornar para a Série A, a última vez que disputaram a competição foi na temporada 2013/2014.

A equipe conta com um brasileiro no time. Trata-se do atacante Murilo Mendes, jogador de ganhou o apoio da torcida e virou ídolo do clube. Com 23 anos, o brasileiro marcou 11 gols e decidiu alguns jogos para o Livorno. Natural de Pirapora, no Norte de Minas, está na Europa há seis anos, começou aos 16 anos nas categorias de base do Napoli, foi para o profissional do Livorno, ficou três anos no futebol português e voltou para o Livorno.


Confira o resumo do jogo que deu o acesso ao Livorno (com direito a clássica invasão de torcedores no campo para festejar):










segunda-feira, 14 de maio de 2018

BDS pede à Argentina para cancelar jogo em Israel


Gaza vive nesta segunda-feira (14) o dia mais sangrento desde que a onda de protestos palestinos em massa começou em 30 de março. As manifestações de dezenas de milhares de moradores da Faixa—que lançaram pedras e pneus em chamas— devido a mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém, matou pelo menos 25 manifestantes e deixou centenas de feridos a bala na fronteira da Faixa de Gaza com Israel por disparos de soldados, de acordo com fontes de saúde que atuam na área. 

É um recorde de vítimas sem precedentes em Gaza em um único dia desde a guerra de 2014. Um porta-voz militar israelense disse que, apesar das advertências emitidas pelo Exército, mais de 35.000 palestinos estão participando dos protestos em mais de uma dúzia de pontos na cerca de separação, com bombas incendiárias e explosivos. A fronteira foi declarada zona militar fechada.

No calendário de jogos de futebol antes da Copa do Mundo na Rússia inclui um jogo a ser disputado em Tel Aviv em 9 de junho, um amistoso entre Argentina e Israel.

Várias organizações de direitos humanos apresentaram uma carta à Asociación de Futbol Argentino que expressa a rejeição e desacordo com a disputa da partida em Israel e que é informada sobre o número de jogadores de futebol palestinos mortos pelo exército israelense. 

A campanha #ArgentinaNoVayas do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) começou em uma época em que a brutalidade por parte do exército sionista está aumentando. Na carta dizem que o cancelamento desse amistoso “deveria representar a solidariedade de valores do povo argentino em relação a outros povos que são vítimas de opressão, apartheid e genocídio”. Que o objetivo é de mudar sua “política racista e violação dos direitos humanos” e concluiu dizendo: “Pedimos à Argentina que não jogue este jogo em Israel."







Fonte: El País Brasil, pacocol.org e palestinow.com

quarta-feira, 9 de maio de 2018

História das Copas #4 – seleções carismáticas


5 – Costa Rica 2014



Acreditava-se que o time costarriquenho seria o saco de pancadas no chamado "Grupo da Morte", pois tinha três campeões mundiais: Uruguai, Inglaterra e Itália. Nada disso. Começou ganhando por 3 a 1 dos uruguaios. 

Viria então a Itália de Buffon, Chiellini, Pirlo, De Rossi e Mario Balotelli, que vinham de uma vitória contra os ingleses. E o time da América Central venceu, deixando os jogadores e a Arena Pernambuco eufórica com a classificação já garantida! Para encerrar a primeira fase viria a Inglaterra já eliminada, 0 a 0 e o primeiro lugar no grupo.

Nas oitavas de final, a Grécia. Depois de 1 a 1 no tempo normal, a vitória nos pênaltis. Nas quartas de final, encararam a Holanda. O fim do sonho viria também nas penalidades, mas essa seleção da Costa Rica ficaria para sempre na história.


4 – Camarões 94




Depois de uma Copa fantástica em 1990, a seleção de Camarões vinha em 94 como a "queridinha" dos torcedores. Mas em campo não correspondeu, sendo eliminada na primeira fase, empatando com a Suécia (2 a 2) e perdendo para o Brasil (3 a 0) e a Rússia (6 a 1).

O ídolo Roger Milla, na época, se tornou o atleta mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo. Não bastasse isso, balançou as redes na derrota para a Rússia, tornando-se o jogador mais veterano a marcar pela competição.

3 – Jamaica 98



Os Reggae Boyz chegaram na Copa da França com uma enorme expectativa. No melhor estilo "Jamaica Abaixo de Zero", conquistaram, pela primeira vez na história, a classificação para o mundial de forma inesperada e surpreendente.

Porém, em campo os jamaicanos não corresponderam. Perderam para a Croácia por 3 a 1, e foram goleados pelos argentinos por 5 a 0. A vitória sobre o Japão, 2 a 1, foi como um título para os jogadores comandados por René Simões.


2 – Nigéria 98


A seleção nigeriana vinha de uma fantástica virada nas Olimpíadas de Atlanta em cima do Brasil. Na final, depois de estarem perdendo por 3 a 1, viraram o placar em 4 a 3, conquistando a medalha de ouro.

Na Copa, encararam logo na estréia a Espanha, e novamente uma incrível virada em 3 a 2. Venceram a Bulgária por 1 a 0 e já classificados, perderam para o Paraguai por 3 a 1. Nas oitavas de final, com um time irreconhecível, perdeu para a Dinamarca por 4 a 1.


1 – Colômbia 94




Na Copa de 90, René Higuita foi fazer uma de suas "gracinhas" e camaronês Roger Milla agradeceu e foi direto pro gol. A Colômbia perdeu por 2 a 1 na prorrogação e foi eliminada do Mundial da Itália.

Nas eliminatórias para 94, o selecionado da Colômbia parecia ter aprendido a lição. Com um futebol envolvente e técnico, tinha aplicado uma goleada de 5 a 0 nos argentinos, obrigando os hermanos a disputar a repescagem para ir à Copa. Parecia que os colombianos viriam com tudo para aquele mundial, com grandes nomes como Rincón, Valderrama e Asprilla.

Porém, não foi bem isso que aconteceu. Na primeira rodada perderam para a Romênia por 3 a 1 e para os Estados Unidos (o país anfitrião) por 2 a 1. A Colômbia acabou sendo o lanterna do grupo, vencendo apenas a Suíça, na última rodada, quando já estavam eliminados.

Mas não acabou por aí. O gol contra marcado pelo zagueiro Andrés Escobar, da Colômbia, contra os Estados Unidos, poderia ter sido apenas mais um lance de infortúnio na história das Copas. Mas acabou sendo muito mais grave quando o jogador, ao retornar a seu país, foi assassinado. Teria sido vingança de um grupo de apostadores que perdeu dinheiro com a derrota da Colômbia.





segunda-feira, 7 de maio de 2018

Jogo Épico em Tucumán


Na Argentina, pelas quartas de final para definir o acesso a Superliga, a primeira divisão, o San Martín de Tucumán conseguiu avançar às semifinais em um jogo que perdia por 2 a 0 para o Villa Dalmine.

Por terminar com a melhor campanha, poderia jogar pelo empate. Agora espera o próximo adversário nesta terça, que sairá da partida entre Almagro e Agropecuário. Na outra chave, Sarmiento Junin empatou em 0 a 0 com o Instituto e agora encara o Brown de Adrogué, que passou pelo Atl. Rafaela pelo mesmo placar. 

A equipe de Villa Dalmine tinha tudo para avançar, mas não teve força para segurar o San Martín de Tucumán. No primeiro tempo o 2 a 0 parecia ser uma demonstração de futebol bárbaro em pleno Estádio La Ciudadela lotado, tentos marcados por Burzio e Rivadero. 



Mas o San Martin sairia da siesta. No segundo tempo Franco Costa marcou aos 28 minutos e para igualar, Claudio Bieler fez de cabeça. Cristian González foi expulso aos 32, por jogada violenta, deixando o Villa Dalmine com dez jogadores em campo. O time violeta parecia que tinha encaminhado a sua  classificação quando Ramiro Lopez marcou 3 a 2 aos 40. 

Mas nada estava perdido. Nos acréscimos, aos 49 minutos do segundo tempo, depois dos zagueiros afastarem duas vezes a bola em cima da linha, Juan Galeano encheu o pé, decretando o 3 a 3 e levando ao delírio os hinchas de Los Cirujas.

No final, houve uma briga generalizada entre a equipe de Villa Dálmine e a polícia no estádio.

Na sexta (4), o Aldosivi garantiu o acesso ao bater o Almagro por 3 a 1 e se sagrou campeão da Primeira B Nacional.


Confira os melhores momentos de San Martín de Tucumán x Villa Dalmine:






sábado, 5 de maio de 2018

Conheça o Fußball-Club Karl-Marx-Stadt



Durante a boa parte da Guerra Fria, a Alemanha estava dividida, no lado Ocidental (capitalista) e no lado Oriental (socialista). Nesse contexto, em 1953, a cidade de Chemnitz passou a chamar-se Karl-Marx-Stadt. Voltou ao nome original em 21 de junho de 1990. 

Em 1966, foi fundado um clube com o mesmo nome: o Fußball-Club Karl-Marx-StadtO clube tem origem no PSV Chemnitzer, que foi fundado em 1920. Até 1953, o clube passou por  quatro nomes diferentes e a partir desse ano novamente mudou, dessa vez para Karl-Marx-Stadt.

Hoje, o Chemnitzer FC está na terceira divisão. 

Os maiores sucessos do clube incluem a conquista Campeonato Alemão-Oriental em 1967, a qualificação para os oitavos de final da Taça UEFA de 1989/90, eliminar o Mainz 05 na primeira fase da Copa da Alemanha, em 2014, e ser responsável por revelar Michael Ballack ex-capitão da seleção alemã.

Os jogos do Chemnitzer FC no community4you ARENA (antigo Stadion an der Gellertstraße), que tem capacidade para 15.000 torcedores.

O campeonato da RDA ainda contava com o SC Wismut Karl-Marx-Stadt, este tricampeão em 55, 56 e 57 e que ainda conquistaria a Oberliga em 1959. 



Em 10 de abril de 2018, o clube anunciou a falência. Faltando duas rodadas para o final da atual temporada, o clube está em penúltimo lugar, 19º lugar, portanto sem chances de se livrar do rebaixamento.


Torcedores estão fazendo uma campanha para atrair novos sócios para o clube e chegar aos 5000 associados e aliviar a situação financeira do clube.


Confira a campanha "Preservando a tradição - moldando o futuro juntos":





Busto de Karl Marx no centro de Chemnitzer.






Fonte: http://www.cfc-fanpage.de/
http://www.kicker.de/news/fussball/3liga/startseite/721299/artikel_chemnitzer-fc-stellt-insolvenzantrag.html

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Platense é campeão e conquista acesso para a B Nacional

Platense venceu o Estudiantes de Caseros e foi promovido ao Nacional B (Foto: Télam)

Depois de oito anos, o Club Atlético Platense está de volta à Primeira B Nacional, a segunda divisão do futebol argentino. Mas não foi tão tranquilo assim, Los Calamares precisaram de uma partida de desempate para vencer o Estudiantes de Caseros  e conquistar a Primeira B Metropolitana, num jogo emocionante em que a vitória só veio na prorrogação. A partida aconteceu no estádio do Lanús e o gol foi marcado por José Vizcarra. É o segundo título dessa divisão, o primeiro foi na temporada 2005/2006.

O Platense foi fundado em 1905 e disputou 74 temporadas na elite do futebol argentino (mais 18 temporadas se contarmos o período amador).


A outra vaga do acesso será decidida em jogos de mata-mata. Confira os jogos das quartas de final:  

Estudiantes de Caseros x Talleres RE
Acassuso x UAI Urquiza
Atletico Atlanta x Tristan Suarez 
Def. de Belgrano x Barracas Central



Confira o gol que deu o acesso para a B Nacional:







quarta-feira, 2 de maio de 2018

História das Copas #3 – Seleções que ganharam jogando feio


5 – Brasil 94 


O Brasil voltou a ser campeão mundial 24 anos depois do tricampeonato. Com um time sólido na marcação e fortalecido por uma dupla de ataque rara, com Bebeto e Romário, a Seleção superou a enorme desconfiança que a cercava e, pouco a pouco, ganhou corpo na briga pelo título.

Na primeira fase a seleção brasileira passou pela Rússia (2 a 0), por Camarões (3 a 0) e empatou com a Suécia com um gol pra cada lado. Nas oitavas venceu os Estados Unidos por um magro 1 a 0, nas quartas em um jogo dramático ganhou da Holanda por 3 a 2 e nas semifinais encararam novamente a Suécia, desta vez vencendo por 1 a 0.

Na decisão duas seleções que não eram brilhantes, mas tinham jogadores expressivos: Baresi e Baggio na Itália, Bebeto e Romário no Brasil. Em jogo muito equilibrado, tenso ao extremo, os finalistas empataram por 0 a 0 no tempo normal e depois na prorrogação. A briga pelo título foi aos pênaltis. E a seleção brasileira foi campeã depois de Baggio mandar sua cobrança por cima do travessão de Taffarel.


4 – Argentina 78 


A Argentina aproveitou como poucos o fator local e foi campeã do mundo pela primeira vez em 1978. A campanha não foi exatamente brilhante. Na primeira fase, os hermanos tiveram duas vitórias (2 a 1 na Hungria e 2 a 1 na França) e uma derrota (1 a 0 para a Itália). Na segunda, só avançaram no saldo de gols, depois de golear o Peru por 6 a 0 - indo a campo sabendo da quantidade de gols de que precisavam para avançar, em jogo que ainda hoje gera suspeitas.

Na final contra os holandeses, começaram na frente com gol de Kempes no primeiro tempo, mas tomaram o empate na etapa final e ainda tomaram um susto com uma bola que a certou o travessão sul-americano, com o craque Rensenbrick, no último minuto do período normal. Na prorrogação, porém, a Argentina se sobressaiu. Kempes, em bela jogada individual, fez o segundo. E participou da jogada do terceiro, anotado por Bertoni.


3 – Inglaterra 66 


Não foi certamente a Copa do melhor futebol. Mas foi, certamente, a mais polêmica. O English Team até tinha grandes jogadores, como o goleiro Gordon Banks, o zagueiro Bobby Moore, o meia Bob Charlton, o destemido Hurst... Mas a Inglaterra jogava futebol pragmático e acabou campeão pela primeira vez sendo beneficiado pela arbitragem.

Nas quartas os ingleses abusaram da violência para parar os “Hermanos”, até que Antonio Rattin decidiu reclamar com o árbitro Rudolf Kreitlein. Pra quê? Acabou expulso. Com um jogador a menos ficou fácil para os anfitriões, que venceram a partida com gol de Geoff Hurst no segundo tempo.

Na final, com mais de 120 mil torcedores em Wembley, o English Team iria ganhar a mais polêmica das Copas. O jogo foi emocionante. Haller abriu o placar para os alemães aos 12 minutos, e Hurst empatou aos 18. No segundo tempo, Peters virou para os ingleses aos 33, mas Weber, quase de carrinho, empatou aos 44 e levou a partida para a prorrogação. Aí houve o lance fatal. Aos 11 do 1º tempo, o oportunista Hurst mandou um balaço, a bola bateu no travessão, tocou no chão e voltou. O alemão Hottges, de cabeça, mandou para fora, e os ingleses levantaram os braços pedindo gol. Na dúvida, o árbitro consultou o auxiliar, para quem a bola ultrapassou a linha, o que não aconteceu. Aos 15 do 2º tempo, quando houve até invasão de torcedores considerando a partida encerrada, Hurst, livre, fez o quarto gol. E a discussão passou para a eternidade.


2 – Itália 2006 


Com a Itália, costuma ser assim: chega discreta, passa por sustos, vai crescendo e de repente é campeã. O quarto título mundial da Azzurra fugiu pouco desse roteiro. A primeira fase até que foi tranquila, com duas vitórias e um empate, mas a classificação sofrida nas oitavas de final, por 1 a 0 contra a fraca Austrália, mostrou que sempre haverá um percalço no caminho italiano. Depois, a equipe cresceu: passou bem pela Ucrânia, teve classificação histórica na prorrogação contra a Alemanha e bateu a França na decisão.

Um gol de Zidane. Um gol de Materazzi. Quase outro gol de Materazzi. Quase outro de Zidane. E aí a cabeçada do meia no zagueiro. Na prorrogação, o gênio francês foi expulso por agredir seu rival de um duelo histórico. Mesmo assim, o empate por 1 a 1 persistiu na prorrogação. Nos pênaltis, Trezeguet errou sua cobrança, e a Itália foi campeã do mundo.


1 – Itália 82


Na primeira etapa de grupos, a Azzurra teve três jogos. Empatou os três - 0 a 0 com a Polônia, 1 a 1 com o Peru e 1 a 1 com Camarões. Na segunda fase, a Itália caiu em um triangular dificílimo, com Argentina e Brasil.

Contra a Argentina, a Itália mostrou um futebol totalmente diferente da primeira fase: mais aguerrido, mais técnico, mais eficiente, sem erros. Maradona, craque maior do time argentino, foi anulado sem dó pelo “carrapato da Copa”, Gentile.

Se o Brasil era ofensivo e brilhante, herdeiro do "futebol-arte", não tinha eficiência na zaga. Não existia apoio aos laterais e meias que subiam constantemente ao ataque. E, ao deparar com craques defensores como Scirea (um dos maiores líberos da história do futebol), Bergomi, Cabrini e, sobretudo, Gentile, que anulou Zico, o Brasil sucumbiu. Já a Itália mostrou a frieza e a precisão que o Brasil não teve para decidir o jogo. E um centroavante com estrela, Paolo Rossi, que anotou 3 gols na partida. Sócrates e Falcão anotaram para a seleção canarinho, na partida que ficou conhecida como "Tragédia do Sarriá".

Na semifinal despachou a Polônia por 2 a 0. Era novamente aquele roteiro: começou discreta, passou raspando de fase, foi crescendo e acabou campeã.

Na final, atropelou a Alemanha Ocidental: 3 a 1. Com grandes jogadores, como o goleiro Dino Zoff e o defensor Claudio Gentile, a equipe do técnico Enzo Bearzort teve o goleador Paolo Rossi, com seis gols no total, marcados nos três jogos finais.







Fonte: Globo Esporte, A Crítica, Imortais do Futebol, Calciopedia.