por Mariana Dias
Outro clube que se juntou aos gritos de indignação em relação ao caso de Mariana foi o Santos, que recentemente foi parte de uma grande polêmica envolvendo a contratação de Robinho, jogador acusado e condenado por estupro na Itália, mas que não cumpriu sentença. Sabemos que a violência contra a mulher é naturalizada pelo homem comum no Brasil, mas uma vez que esse homem é rico, famoso e idolatrado, como é o caso de muitos jogadores de futebol, ele acaba pensando que nada lhe pode ser negado. É assim que o espaço ocupado pelas mulheres dentro do mundo do futebol é limitado ao de sexualização e inferiorização, notado, entre outros exemplos, pela constante diminuição do futebol feminino.
Nesse cenário, o posicionamento feito pelos clubes pedindo justiça por Mari Ferrer é um ganho imenso ao futebol. É com atos assim que podemos esperar mudança no que o futebol compreende por estupro atualmente, para que casos como o de Robinho não voltem a acontecer. Para que o jogador influente, rico e quase sempre branco entenda que “não” é “não”. Para que termos como “estupro culposo” não sejam inventados. Para que Mari Ferrer e tantas outras encontrem justiça e respeito.