terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Quando as mulheres fizeram história no Campeonato Turco

 


Após punição do TJD, apenas mulheres e crianças, cerca de 9 mil, puderam ir ao estádio assistir ao jogo do Coritiba no último domingo (15/01).

Uma história parecida aconteceu na Turquia, em 2011. O clube mais popular do país, o Fenerbahçe foi punido pela Federação de Futebol da Turquia (TFF), que havia anunciado proibir a presença dos homens em duas partidas para "recordar aos torcedores a beleza e os valores do futebol".

Resultado: mais de 40.000 mulheres e crianças a uma partida entre Fenerbahçe e Manisaspor válida pela terceira rodada, e que terminou 1-1 e nenhum incidente foi registrado no estádio Sukru Saracoglu de Istambul.

Na segunda partida da punição, novamente diante de uma plateia composta apenas por mulheres e crianças, o Fenerbahçe goleou o Samsunspor e avançando às quartas de final da Copa da Turquia. Com um gol do brasileiro Alex, o time de Istambul venceu por 3 a 0.





terça-feira, 11 de maio de 2021

Avanços no futebol feminino uruguaio e as condições necessárias para seu desenvolvimento

  Por Fiorella Rodríguez [Jornalista Uruguaia]







25 anos de trajetória

O futebol feminino uruguaio cresceu exponencialmente desde que foi formalizado em 1996, quando foi disputado o primeiro torneio da Associação Uruguaia de Futebol (AUF). O aumento do número de meninas, adolescentes e mulheres que praticam esse esporte, historicamente masculinizado, está diretamente ligado à luta social pela equidade de gênero.

Um dos fatos definidores dessa tendência crescente foi um movimento, instituído pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em 2018, que condicionou a participação de clubes sul-americanos masculinos em torneios internacionais somente aqueles com equipes femininas em seus quadros de modalidades esportivas. Imediatamente as instituições que não tinham essa categoria tomaram medidas para formar seus times, o que levou à ascensão das equipes uruguaias femininas.

Dificuldades

Com a formação das equipes, mais necessidades apareceram e as demandas em todos os aspectos se tornaram mais visíveis, que são comuns no campo amador. Em linhas gerais, é a falta de espaços físicos para treinar, a ausência de meios de subsistência econômicos para conseguir roupas / equipamentos esportivos ou pagar os custos de transporte. Ainda há equipes que não pagam os salários de treinadores e preparadores físicos, que dependem de trabalho voluntário e contam com sua comissão técnica incompleta.

Essa precariedade e a ausência de condições básicas para a sobrevivência das atletas teve como resultado a interrupção de projetos no meio do caminho. Um exemplo é do clube Miramar Misiones, que formou sua equipe em 2017 e em 2019 pararam de competir por falta de recursos. Mas também é uma realidade que essa categoria está cada vez mais interessada e, em alguns casos, os departamentos de futebol feminino são reativados nas equipes. Um exemplo são os Wanderers; lideradas por um grupo de amigas que treinavam nas proximidades do estádio Centenário e participavam de competições amadoras por falta de recursos. Em agosto do ano passado, duas torcedoras formaram uma comissão de futebol feminino e apresentaram um novo projeto à gestão esportiva, que apoiou e incentivou o ressurgimento. Elas também tiveram a iniciativa de formar uma comissão técnica de nível. A treinadora Fabiana Manzolillo deixou o Defensor Sporting e passou a trabalhar no clube boêmio, com o qual assinou o primeiro contrato profissional de sua carreira. A mais experiente diretora técnica do futebol feminino uruguaio começou em 1997 como jogadora e iniciou sua trajetória como treinadora em 2003. Dezoito anos depois, assinou o primeiro contrato profissional na Segunda Divisão.

"Sinto como um reconhecimento do meu trabalho, uma alegria e satisfação de tê-lo alcançado. Eu vinha fazendo contratos de palavras, exceto no Defensor S.C., onde recebia um salário como funcionária do clube, mas não tinha contrato formal com um prazo estabelecido. Isso tem que ser contagioso, tem que acontecer para todos os treinadores que estão trabalhando nos clubes. Fico feliz com o reconhecimento da minha trajetória. Isso é "perseverar e você triunfará". Agora temos que ampliar para as jogadoras”, mas ser considerada uma trabalhadora formal em um clube é extremamente importante" disse Fabiana Manzolillo à reportagem. 

Desempenhar todos os papéis

Das nove equipes que compõem a Primeira Divisão, apenas no Liverpool a treinadora é uma mulher: Graciela Rebollo. Na Segunda Divisão há apenas diretoras técnicas na Udelar e no Wanderers. Essa situação não é consequência da falta de treinadoras no país: há várias graduadas da Associação Uruguaia de Treinadores de Futebol, e em agosto do ano passado, 14 obtiveram a licença Pro, o que lhes permite dirigir até mesmo no futebol profissional masculino. Algo semelhante acontece com os árbitros. Claudia Umpiérrez é a única que dirigiu partidas de futebol masculino.

Cada vez mais perto

Com a intenção de profissionalizar a categoria, em fevereiro de 2020 as primeiras jogadoras foram inscritas na AUF: nove jogadoras do Nacional assinaram contrato. Embora isso não seja uma profissionalização real, pois as atletas recebem entre 4.000 e 8.000 pesos uruguaios por mês (valor bem abaixo do salário mínimo no país), elas conquistaram o vínculo trabalhista na instituição. Mas a profissionalização não implica apenas o vínculo empregatício; em 2019, os clássicos do futebol feminino foram disputados no Grande Central Park (estádio do Nacional) e no Campeón del Siglo (estádio do Peñarol) e as atletas pisaram no gramado de suas instituições pela primeira vez.

No Peñarol – que pela primeira vez tem uma mulher que ocupa o cargo de vice-presidente – em março deste ano foi realizado um Conselho de Administração composto inteiramente por mulheres. Foi um fato histórico a partir do qual surgiu a criação da Comissão de Gênero, com o objetivo de incentivar a participação de jogadoras de futebol, torcedoras, funcionárias e dirigentes. A partir dessa área também queremos promover a profissionalização do futebol feminino. "É um absurdo que as jogadoras não tenham vínculo empregatício com o clube, não há responsabilidade formal do clube com elas. Isso tem que ser mudado", disse Patrícia López, vice-presidente do Peñarol.

Defensor Sporting Club foi pioneiro na criação da Comissão de Gênero, que atua desde o ano passado e está aberta a todos os sócios e sócias que desejam contribuir. Outro clube da capital, Danúbio, aderiu a essa iniciativa e, em 8 de março de 2021, criou sua própria comissão, com o objetivo de trazer todo o clube para trabalhar com uma perspectiva de gênero. Danúbio é o segundo time com mais categorias para meninas e adolescentes. No final de 2020, ela foi uma das três equipes vencedoras do concurso da Conmebol, o "Football with Women's F", um programa para impulsionar o crescimento de equipes femininas, do qual elas levaram US $10.000 mais seis meses de assessoria direcionada para fortalecer seu projeto.

O Liverpool é o time que, pelo quarto ano consecutivo, tem todas as categorias. Das crianças à profissional (adulta), mais de 120 atletas usam a camisa do clube do bairro de Belvedere. Nas comissões técnicas há sete mulheres trabalhando, entre diretoras técnicas e professoras, cinco das quais possuem vínculo empregatício com a instituição.

Em todo o mundo

O progresso é acompanhado pelo que está acontecendo globalmente. Ao final da Libertadores de 2020, Lindsay Camila, técnica da Ferroviária (Brasil), tornou-se a primeira treinadora a conquistar a Copa Libertadores. Na final elas enfrentaram o América de Cali (Colômbia).

Sabemos que as lacunas continuam existindo e a diferença de gênero neste esporte é perceptível, mas à medida que o tempo passa, espaços - onde historicamente houve relutância em ser de todas e todos - são conquistados. Estamos cada vez mais perto de ver uma mulher na arbitragem, diretora técnica, dirigente de clube ou qualquer papel, tanto no futebol feminino quanto no masculino, sem chamar nossa atenção.

★Tradução: Alexandre Vizzotto
*Publicado originalmente na seção 'Garra' do periódico 'La Diaria' [Montevideo - Uruguay] em 28 de abril de 2021.
- Título original [em espanhol] : 'Una ola que no para de crecer: sobre los avances en el fútbol femenino local y las condiciones necesarias para un mayor desarrollo'


terça-feira, 27 de abril de 2021

Com o fim da Super Liga Européia, O BEM VENCEU?

 

Por Guilherme Mathias




Não, não venceu, posso finalizar o texto por aqui.

O embrião da Super Liga nasce do próprio poder financeiro que os clubes ganharam também impulsionados pelo método que a UEFA trata seus torneios.

A passagem de monopólio foi barrada entretanto o desenvolvimento do futebol europeu fora do grande eixo não acompanha o desenvolvimento do ‘’eixo principal’’ importante salientar que esse desequilíbrio foi constatado pelo Arsene Wenger(ex técnico do Arsenal) que em 2009 falou: “As ligas nacionais vão sobreviver, mas talvez em 10 anos, você terá uma liga europeia. Não estou 100% certo de estar certo, mas sinto que dentro do nosso jogo há algumas vozes nos bastidores para fazer algo a respeito, especialmente se as regras se tornarem muito restritivas para esses clubes.’’

É ÓBVIO que um torneio que trava a competitividade, estipulando um grupo seleto é prejudicial como um todo, entretanto a vitória é apenas da continuidade e não do desenvolvimento. 

O que foi salientado por Florentino Perez é verdade, como um todo os jovens perdem interesse no futebol, a variedade de entretenimento nos dias atuais, até mesmo pelos E-Sports ofuscam o jogo que passa a ser desinteressante tanto lá quanto cá, entretanto quando o mesmo diz que o futebol está com problemas, ele se refere aos problemas financeiros do Real Madrid e não ao futebol como um todo. Por aqui o impacto fenômeno é o de criação de torcidas para clubes europeus, eu mesmo que escrevo isso aqui, acompanho um e comecei a gostar de futebol por causa de um e já estou na casa dos 30 anos, é muito cristalino que o impacto disso nas gerações posteriores que a minha seria grandes.

Se o nosso futebol não é interessante, o dos grandes clubes europeus será e os mais jovens vão ter contato com esses clubes diariamente, seja em jogos de videogame, quanto nas redes sociais, é uma concorrência desleal e previsível.

Provavelmente todos nós que reclamamos da criação dessa liga, veríamos a mesma, vibraríamos com a mesma, infelizmente se realmente os clubes batessem o pé o campeonato se estabeleceria. Se era bait, se era apenas para pressionar a UEFA, saberemos no futuro, no momento a vitória é da mesmice e não do futebol.




terça-feira, 6 de abril de 2021

Líber Arispe: Adeus ao operário da bola

 Aos 75 anos e após ter lutado por vários dias contra o coronavírus, na última quinta-feira faleceu Líber Arispe, um dos jogadores que foi protagonista da façanha do Defensor Sporting em 1976 - campeão uruguaio - interrompendo a hegemonia de Peñarol e Nacional na Era Profissional. Lateral de boa técnica e com chegada na área adversária, Arispe foi um dos heróis da memorável façanha violeta, deixou sua marca como jogador e depois se tornou treinador com uma carreira destacada. 

Ele foi o técnico de um histórico Central Español que se sagrou campeão uruguaio em 1984, após subir da segunda divisão em uma campanha inesquecível para os moradores do bairro de Palermo. Como jogador de futebol, Arispe começou na equipe do Colón e depois foi transferido ao Defensor Sporting em sua primeira passagem pelo clube. Suas boas atuações rendeu uma negociação com o Independiente de Avellaneda (Argentina), na época, atual campeão da Libertadores em 1973. Após uma temporada na equipe argentina, regressou ao Uruguai, primeiro para jogar por Nacional e Cerro, até finalmente voltar à instituição do Parque Rodó e vestir novamente a camisa violeta do Defensor na conquista do histórico título de 1976, isso no período mais sombrio da história uruguaia, em plena ditadura militar. 


Arispe foi um trabalhador / pensador da bola. Tinha suas convicções, não abria mão da solidariedade e de ideias progressistas. Também dirigiu o Rentistas e Villa Española. Em 1996 e 1997 foi treinador do Logroñés, quando a equipe jogou a primeira divisão do futebol espanhol. 

Agora Líber Arispe vive na memória daqueles que acreditam em um futebol que seja expressão de valores compartilhados em sociedade, como a humildade, a dignidade, a justiça e a solidariedade. 

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Marta 1 x 0 Bolsonaro



por Mariana Dias

A prova do ENEM realizada nesse último fim de semana trouxe, dentre outras coisas, uma discussão bastante conhecida, mas que poucos levam a sério: a diferença salarial entre Marta e Neymar. A questão apontou, em números, quanto vale o gol de cada um, deixando para os candidatos interpretarem que o esporte ainda é caracterizado pela identidade masculina no Brasil, fato já conhecido por muitos.

A presença dessa discussão em exames nacionais é bastante relevante. É falando sobre os preconceitos e apontando problemas que as mudanças podem, de fato, acontecer. Ironicamente, no entanto, Bolsonaro não gostou da iniciativa e julgou a questão como “ridícula”, dizendo que o “futebol feminino ainda não é realidade no Brasil”. A fala do presidente, apesar de equivocada e extremamente simplista, não é nem um pouco surpreendente.

Como esperar uma reação diferente de alguém que enxerga mulher como sinônimo de “fraquejada”? Que prega a manutenção de um sistema de submissão feminina? Marta, no entanto, é prova de que mulheres estão longe de serem fracas e inferiores. Seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, Marta é também a maior artilheira da seleção brasileira (entre homens e mulheres) e a maior goleadora em Copas do Mundo (também entre homens e mulheres, com 17 gols - um a mais que o alemão Klose, a quem é, muitas vezes, dado o título de maior goleador em Copas). Marta representa tudo o que todo jogador de futebol quer ser, e ainda assim recebe milhões a menos, o que mostra que a questão do ENEM está longe de ser ridícula.

Mas será que o futebol feminino realmente não é realidade no Brasil? É claro que há diferenças de investimento, patrocínio, torcida e salários - tudo isso muito graças à história da modalidade, que foi proibida no Brasil por 4 décadas. Mas mesmo com tantas dificuldades, a seleção do país já venceu a Copa América 7 vezes, levou 3 ouros no Pan e 2 pratas nas Olimpíadas. Também foi no Brasil que o recorde de audiência na decisão da Copa do Mundo feminina de 2019 foi batido, superando os Estados Unidos, país que tradicionalmente investe e apoia o futebol feminino. Dá pra imaginar como seriam os recordes e os títulos brasileiros caso a equidade no esporte fosse atingida? 

Em meio a isso tudo, quem não deixou de se pronunciar sobre a infeliz opinião do presidente foi a Marta, que mesmo sem citar nomes, deixou um recado importante: “Uns serão lembrados como os melhores da história, já outros…”. Marta está eternizada como a melhor jogadora do mundo por, pelo menos, muito tempo. Bolsonaro, por sua vez, é o melhor pior presidente que o Brasil poderia eleger.




 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Retrospectiva Futebolística: 39 fatos futebolísticos que marcaram 2020

Confira os 39 fatos que marcaram o mundo do futebol em 2020!





39 - Jogos da seleção sem Globo, Galvão, nem transmissão


A Rede Globo desistiu de transmitir o jogo entre Uruguai x Brasil, válido pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. A emissora carioca não chegou a um acordo com a Mediapro, empresa espanhola detentora dos direitos de transmissão de oito seleções que disputam o torneio.


38- Grande audiência do Campeonato Paulista Feminino


Campeonato Paulista feminino em parceira inédita nas transmissões com o Facebook Watch, transmissões simultâneas em TV aberta, fechada, internet e rádio. Recordes de visualizações pelo Facebook.


37- Os jogos chatos da nossa seleção


Zzzzzzzzzz.


36- Ressurgimento da Chapecoense


Líder da Série B do Brasileiro, a Chapecoense precisa de poucos pontos para consolidar o retorno, como uma fênix, à elite do futebol nacional.


35- Primeira arbitragem feminina em um jogo da Champions League


A juíza francesa Stephanie Frappart fez história, quando se tornou a primeira mulher a arbitrar uma partida de futebol masculino da Champions League da UEFA. Ela comandou a partida do grupo G, entre Juventus e Dynamo Kiev em Turim, na Itália.


34- Com goleiro na linha por causa de surto de covid-19


Mesmo contando somente com 12 jogadores para o jogo contra o Criciúma, devido a um surto de covid-19 no elenco, o time do São Bento conseguiu segurar o empate sem gols com o Criciúma, no estádio estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba, pela 12ª rodada da primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro.


33- Da Taça das Favelas para o gol da vitória no Paulistão 


Patrick de Paula foi descoberto pelo Palmeiras quando estava jogando pelo Cara Virada Futebol Arte, na Taça das Favelas. No Paulistão, ele bateu pênalti decisivo em Corinthians x Palmeiras, valendo título. 

32- Grenal no Pacaembu 

Com direito das torcidas de Grêmio e Internacional marcando presença e dividindo o estádio. O jogo valendo a Copa São Paulo de Juniores foi vencida pelos colorados.


31- Morte de Rodrigo Rodrigues pela Covid-19

O Rodrigo artista, o Rodrigo jornalista. O apresentador titular do Troca de Passes, do Sportv, trazia os debates e as notícias com muita leveza e com a habilidade do comunicador foi homenageado por toda a imprensa esportiva.


30- Destaque maior para as jogadoras escolhidas no The Best da Fifa

A lateral-direita inglesa Lucy Bronze, do Manchester City, foi eleita a melhor jogadora do mundo na cerimônia do Fifa The Best. Ela superou na eleição a zagueira francesa Wendie Renard, do Lyon, e a atacante dinamarquesa Pernille Harder, do Chelsea.


29- Descentralização dos direitos de imagem dos jogos, a ascensão dos streamings e canais alternativos em transmissões

As TVs a cabo se entrincheiravam nos eventos esportivos para estancar a sangria de assinantes. Mas pouco a pouco, do Brasileirão ao críquete na Índia, o público está migrando para a internet. Não há dúvida de que os anunciantes vão seguir a audiência.


28- Rentistas campeão no Uruguai

O pequeno Rentistas, após uma vitória por 1×0 contra o Nacional, se sagrou campeão da competição pela primeira vez na sua história.


27- Marega abandona jogo sob gritos de "macaco"

Pela primeira vez em Portugal, um jogador de futebol abandona o relvado por ser vítima de ofensas racistas provenientes de adeptos nas bancadas.


26– Liverpool encerra jejum de 30 anos e conquista o Campeonato Inglês

Fazia 30 anos que o torcedor do Liverpool esperava para comemorar de novo um título do Campeonato Inglês. Como se isso não fosse suficiente, uma pandemia interrompeu o futebol na Inglaterra por mais de três meses quando o time já estava bem perto da taça, gerando ansiedade para quem aguardava pelo fim do jejum.

25- Morte de  Paolo Rossi

Campeão do Mundo com a seleção italiana e carrasco do Brasil em 1982, o ex-jogador Paolo Rossi morreu aos 64 anos.


24- Todas as atenções para o futebol de Belarus, o único campeonato de futebol em meio a pandemia do Covid-19

O último bastião do futebol europeu naquela que é tida por muitos como a última ditadura da Europa. A Liga de Belarus foi o único campeonato de primeira divisão do velho continente que seguiu com suas atividades em meio à pandemia do coronavírus.


23- O Cruzeiro na Série B

O péssimo rendimento do Cruzeiro na série B de 2020 e a grande chance de caírem para a Série C de 2021 deixaram apreensivos os torcedores cruzeirenses.


22- Rodrygo bate recordes no Real Madrid

Recorde de idade batido em um clássico, Rodrigo do Real Madrid fez head-trick sendo o jogador mais novo do mundo fazendo isso em um clássico. No rival Barcelona, Ansu Fati, tornou-se o jogador mais novo a marcar um gol na Liga.


21-  Número alto de atletas contaminados com Covid no retorno do esporte durante a pandemia



20- Em setembro, o Ministério da Saúde aprovou a volta de 30% do público aos estádios

Times indo contra seriedade de protocolos contra o Covid, e pedindo volta de campeonatos e depois das torcidas mesmo o Brasil não tendo nenhuma gestação séria para a pandemia.


19- Antirracismo no futebol

A revolta iniciada nos Estados Unidos do "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) causada pela morte de Jorge Floyd, se espalhou pelos campos de futebol no mundo.


18- Racismo, Covid, Pantanal: Richarlison é o jogador mais politizado do Brasil

Richarlison (Pombo) dando esperança que jogador brasileiro também tem atitude e pensa.


17- Ketlen Wiggers eternizada no muro de craques do Santos Futebol Clube

Ketlen Wiggers é a primeira mulher a estampar os muros do CT Rei Pelé Maior artilheira da história das Sereias da Vila, Ketlen recebeu uma homenagem do Santos.


16- Finais do brasileirão feminino com VAR


Brasileirão Feminino A-1 2020 teve maior edição em oito anos de competição. O Campeonato contou com transmissão de todos os 137 jogos, uso do VAR a partir das semifinais, e fase final disputa nos principais estádios.


15- Estádios vazios e como isso refletiu negativamente pra muitos times



14- Santos e Robinho suspendem contrato após pressão de patrocinadores e torcida

Chegada ao jogador à Vila Belmiro foi cercada de polêmicas pela condenação do atacante na Justiça italiana por estupro.


13- A volta dos campeonatos em meio a pandemia



12- Em jogo na Espanha Neymar sofre racismo 

Na derrota do PSG para o Olympique de Marselha, atacante brasileiro acusa o zagueiro Álvaro González de o ter chamado de macaco. No fim do jogo, deu um tapa no defensor.

11- Jogador do Sampaio Corrêa fica nu após fazer gol do acesso aos 49 do segundo tempo

Após 14 anos, o Sampaio Correa alcança a elite do futebol carioca com gol aos 50 minutos do segundo tempo feito pelo gordinho Emerson Carioca. O mesmo comemora peladão a classificação.


10- Os 8x2 do Bayern 

Em jogo histórico, Bayern atropela o Barcelona e vai à semifinal da Champions.


9- 1ª equipe 100% feminina para exibir futebol na TV aberta

A Band montou uma equipe 100% feminina para transmitir futebol feminino nas tardes de domingo. A emissora paulista contratou a jornalista e narradora Isabelly Morais, as comentaristas Millene Domingues e Alline Callandrini.


8- Mulheres à frente do Futebol Feminino na CBF

A CBF anunciou as chegadas de Aline Pellegrino e Duda Luizelli para as coordenações de competições femininas e da Seleção Brasileira Feminina, respectivamente.


7- O ressurgimento do Fernando Diniz como técnico

São Paulo banca técnico após fase ruim e agora time lidera o Campeonato Brasileiro com folga.


6- Campeonato Argentino tem estreia da primeira jogadora trans em sua história

Mara Gómez fez história no futebol argentino tornando-se a primeira jogadora trans a atuar na primeira divisão do futebol do país após estrear pelo Villa San Carlos, em partida contra o Lanús.


5- A entrevista da Nini Baciega no intervalo do jogo São Paulo x Taboão

O São Paulo venceu por 29 a 0 o Taboão da Serra na Arena Barueri pela segunda rodada do Campeonato Paulista Feminino. O placar chamou atenção para a desigualdade entre os times e a falta de apoio para as atletas.


4- Seleções Masculina e Feminina receberão premiações iguais

A CBF anunciou nesta quarta-feira que as premiações para atletas das Seleções Masculina e Feminina serão iguais, em um dos primeiros casos de equiparação salarial no futebol mundial.


3- O futebol parou

A pandemia de COVID-19 causou uma interrupção no calendário futebolista mundial de 2020, o mais significativo desde a Segunda Guerra Mundial. Ao redor do globo, muitos eventos futebolistas foram cancelados ou adiados. Na quarentena muitos times se desestabilizaram e prejudicados na questão financeira e de salários para os jogadores.  Os estádios vazios sem gente, sem alma.


2- Jogadores do PSG e Istanbul Basaksehir deixam jogo após ato de racismo

Jogadores do PSG e do Istanbul Basaksehir protagonizaram um momento histórico no Parque dos Príncipes, em partida válida pelo Grupo H da Liga dos Campeões. As duas equipes deixaram o gramado do estádio no meio do primeiro tempo após uma ofensa racista do quarto árbitro romeno Sebastian Colţescu contra o camaronês Pierre Webó, ex-atacante e membro da comissão técnica da equipe turca.


1- Morte de Diego Armando Maradona aos 60 anos

Campeão mundial com a Argentina em 1986 - quando marcou dois gols históricos nas quartas de final contra a Inglaterra, o da "Mano de Dios" e o segundo, driblando meio time inglês -, Maradona teve sua carreira marcada pela genialidade em campo e pelas polêmicas fora dele. O camisa 10 defendeu a seleção em 91 jogos, atuando em quatro Copas do Mundo: 1982, 1986, 1990 e 1994. Enfrentou o Brasil em duas delas: foi expulso na derrota por 3 a 1 pela segunda fase da Copa da Espanha-82, e na Itália-90 fez toda a jogada do gol de Caniggia na vitória por 1 a 0 que eliminou o Brasil. No Mundial dos Estados Unidos-94, viveu um dos piores momentos de sua trajetória, quando foi pego no exame antidoping ainda na primeira fase da competição.










domingo, 20 de dezembro de 2020

A volta dos torcedores na Premier League



Dia 23 de novembro Boris Johnson anunciou que o principal campeonato de clubes do mundo, a Premier League, voltaria a ter torcida, de forma reduzida, mas voltaria.

Para decidir onde e quais jogos poderão ter torcida, foi feita uma de divisão em três níveis (esses definidos pela quantidade de circulação do vírus). O primeiro nível com uma menor circulação do vírus, os estádios poderão encher 50% de sua capacidade ou 4mil pessoas no máximo. No segundo nível, 50% da capacidade não podendo ultrapassar 1mil lugares. O terceiro e último nível seria o de proibição total.

Óbvio que pelo lado da diversão, até porque o inglês realmente gosta de futebol, do espetáculo, é ótimo. Mesmo com poucos jogos já conseguimos ver a diferença que faz.

Mas apenas a questão da alegria passa longe dos REAIS INTERESSES da volta.

A volta é um grande alívio financeiro para os clubes que vem sofrendo fortes impactos financeiros com a ausência da torcida. O Manchester United recentemente anunciou um déficit de £ 23,2 milhões quase R$ 170 milhões! O Tottenham um déficit de £ 63,9 milhões, por exemplo os Spurs arrecadaram £ 68,6 milhões no período anterior.

Segundo levantamento da BBC feita 2011 o custo médio custo médio do mais barato para uma partida de primeira divisão da Inglaterra era de aproximadamente £ 30,68, isso em 2011!

Outro fato é a dificuldade de comprar ingressos avulsos pelo sucesso que são os ‘’season tickets’’ ou seja a pessoa já compra a temporada INTEIRA de jogos em casa. Em 2019 o preço do ‘’season ticket’’ mais barato do Arsenal era de £891!

A elitização do futebol inglês e também de quem frequenta já criou até um nicho de turismo que prioriza a Championship (2° divisão) por ter ingressos mais baratos, ambiente mais animado.

A volta é polêmica pelas questões sanitárias, mas se tratando de Premier League era  muito claro que a barra seria forçada, com o campeonato de clubes mais visto do mundo e ingressos caríssimos a volta de torcidas no estádio era questão de tempo independente do tamanho do problema.

A pandemia nos trouxe algo como um noticiário de guerra, de início nos assustávamos, depois passamos a tratar o absurdo como normal, infelizmente para a lógica financeira que faz girar a Premier League era questão de tempo para as questões sanitárias ficarem em segundo plano.

Óbvio que os protocolos de lá são interessantes, mas o triste é que a volta da torcida na Inglaterra ABRE PRECEDENTE para volta EM NOSSO FUTEBOL aqui e é aí que mora o perigo.

Falhamos como país, nós não conseguimos enfrentar a pandemia, até o momento do texto são quase 200.000 vidas perdidas(oficialmente), e volta de torcida no futebol aqui seria mais uma tragédia sanitária que enfrentaríamos nesse momento.

A frase ‘’cada dia um 7x1 diferente’’ virou uma tatuagem em cada um nessa pandemia e é difícil ver luz no fim do túnel.


Texto: Guilherme Mathias