quinta-feira, 19 de abril de 2018

Hístória das Copas #1 - Seleções que surpreenderam



5 - Uruguai 2010


Depois de um 0 a 0 com a França na estréia, os uruguaios venceram a África do Sul por 3 a 0 e o México por 1 a 0. Nas oitavas venceram a Coréia do Sul por 2 a 1, com dois gols de Suárez.

A classificação do Uruguai nos pênaltis nas quartas de final, contra Gana foi o episódio mais dramático da Copa de 2010. O tempo normal teve empate por 1 a 1. No último minuto da prorrogação, Gana teve um pênalti a seu favor - o atacante Suárez cortou bola com a mão sobre a linha e foi expulso. Asamoah Gyan, porém, desperdiçou a cobrança. Na disputa final, os sul-americanos ganharam por 4 a 2. O uruguaio Diego Forlán foi eleito o craque da Copa. Com talento e gols decisivos, ele comandou a Celeste na campanha que resultou na quarta colocação. Fez cinco gols, incluindo um nas quartas de final, contra Gana, e outro nas semifinais, na derrota para a Holanda.



4 - Paraguai 98


Na Copa de 1998, houve uma seleção que surpreendeu positivamente no setor defensivo. Ao lado da França, o Paraguai foi a melhor defesa daquele Mundial, sofrendo apenas 2 gols. Um deles foi o "gol de ouro" de Blanc, na prorrogação contra a França nas oitavas.  Na primeira fase os paraguaios passaram em segundo lugar depois de dois resultados de igualdade sem gols e vencerem a Nigéria por 3 a 1. 

Com nomes absolutamente memoráveis do futebol, como Chilavert, Arce e Gamarra, a Seleção Paraguaia não só encantou e fez uma bela campanha, como era uma seleção que sintetizava de forma inquestionável o que era o futebol dos anos 90.



3 - Portugal 66


Estreante, Portugal acabou sendo uma das grandes sensações, terminando a Copa em 3º lugar. O maior responsável foi, sem dúvida, um certo moçambicano... Eusébio da Silva Ferreira era um dos jogadores nascidos em ex-colônias africanas que aportaram em terras portuguesas na década de 1960. Atacante com uma técnica notável e força física incomum, foi o grande algoz do Brasil na primeira fase, no jogo que marcou a eliminação dos bicampeões mundiais (também derrotaram a Bulgária e a Hungria). E o goleador da competição, com nove gols. Em clubes também teve carreira brilhante no Benfica, onde foi campeão europeu em 1962 - também faturou o bicampeonato português.

Nas quartas de final, Portugal passou fácil pela Coreia do Norte, 5 a 3. Porém, na semifinal tiveram que encarar os donos da casa, a Inglaterra, seleção que se tornaria campeã com um gol que não ultrapassou a linha da meta do gol.



2 - Bulgária 94


A Bulgária não começou bem a Copa, perdeu de 3 a 0 para a Nigéria, mas se recuperaria na primeira fase com vitórias sobre Grécia (4 a 0) e Argentina (2 a 0).  Nas oitavas passaram pelo México. 

Nas quartas de final, ninguém acreditava numa zebra, pois pegariam a Alemanha, então tricampeã mundial e com craques como Illgner, Kohler, Buchwald, Hässler, Matthäus, Völler e Klinsmann, era favorita ao extremo para aquele jogo contra a Bulgária no Giants Stadium, mesmo palco onde a equipe de Stoichkov havia vencido o México nos pênaltis cinco dias antes. Depois de um primeiro tempo morno, logo aos dois minutos da segunda etapa, o capitão alemão Matthäus marcou de pênalti o primeiro gol do jogo. Pronto. Ali era o início do fim da Bulgária, que não teria forças debaixo daquele sol escaldante para virar a partida contra os sempre competitivos e precisos alemães. Mas… Quem disse que não? Aos 30 minutos, cobrança de falta para a Bulgária. Stoichkov bateu e provou mais uma vez que estava iluminado nos EUA: golaço e 1 a 1 no placar. Três minutos depois, Yankov avança pela direita e cruza para Letchkov. O carequinha acerta o ângulo de Illgner e marca outro golaço: 2 a 1 para a Bulgária! Ninguém acreditava!




1 - Camarões 90


Camarões encantou com um futebol ofensivo, rápido, vistoso. Conforme foi avançando no torneio, passou a ganhar mais e mais simpatia dos torcedores mundo afora. Logo na estréia venceram a Argentina, atual campeã da época, e na sequência bateram a seleção da Romênia. Mesmo perdendo de 4 a 0 para a União Soviética ficaram em primeiro lugar no grupo. 

Nas oitavas de final, a seleção africana passou pela Colômbia em um jogo que entrou para o folclore dos Mundiais, com gol de Roger Milla após falha grosseira do goleiro Higuita, autoconfiante em excesso ao tentar driblar o adversário fora da área. Com a vitória, Camarões ganhou o direito de enfrentar a Inglaterra nas quartas, naquele que talvez tenha sido o jogo mais marcante da Copa de 90. Platt abriu o placar para os britânicos, mas os africanos viraram em cinco minutos no segundo tempo. Parecia aberto o caminho para as semifinais. Mas a Inglaterra devolveu a virada. E com dois gols de pênalti, ambos de Lineker.




Fonte: Mais Cinco Minutos, Globo Esporte, Imortais do Futebol

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